A experiência de Loren McIntyre na Amazônia foi intensa. Ele amava a floresta e o Brasil. Uma de suas maiores façanhas foi ter sido o descobridor da nascente mais distante do rio Amazonas, em 1971, no Peru, a laguna McIntyre. Mais de 20 anos depois, em 1997, daqui do Brasil, lhe fiz um convite: resgatar as histórias de suas viagens em um livro. A comunicação aconteceu via fax. Um dia, recebi um longo texto, que começava com “Dear Roberto”. Na época, eu tinha 34 anos, e Loren, 81.
Ele, pioneiro no desbravamento de lugares desconhecidos, impressionava por seus relatos detalhados, como se fosse capaz de ler as imagens que havia capturado. Dezenas de livros e reportagens em national geographic fizeram de McIntyre um especialista “gringo” da região amazônica. Nos tornamos amigos e juntos desenhamos diversos projetos até sua morte, em 2003.
Há dois anos, fui à West Bath, no estado americano do Maine, visitar Scott, seu filho. Era inverno e, por três dias, mergulhei na fotografia de Loren McIntyre. Envolvido pelo frio e pelas imagens de um Brasil que se foi sem dizer adeus, viajei ao início da ocupação recente da Amazônia. Olhando tudo aquilo, senti-me um garimpeiro diante de pepitas de ouro.
Veja a reportagem fotográfica aqui
Fonte: Planeta Sustentável
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