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China deve investir em inovação agrícola para estimular segurança alimentar

A China disse nesta quarta-feira que incentivará a inovação agrícola em um esforço para aumentar a produção de alimentos, sinalizando que o país mais populoso do mundo está tentando acabar com práticas obsoletas e buscando melhorar a infraestrutura para suprir sua população.

A China possui um quinto da população mundial, com menos de 9% de terras aráveis, e o Conselho Estatal, ou gabinete, sugeriu em um documento que os líderes da China estão visando levar a sério a tecnologia para garantir abastecimento alimentar em longo prazo.

O gabinete afirmou no primeiro documento político do ano que aumentaria o investimento e subsídios para o setor de tecnologia agrícola neste ano para estabilizar a produção de grãos, relatou a mídia estatal.

A inovação tecnológica no setor “melhoraria o rendimento da terra, a eficiência de recursos e a produtividade laboral”, declarou a agência oficial de notícias Xinhua.

O documento n°1, como ele é chamado, tem se focado nos últimos nove anos em problemas rurais, incluindo agricultura, conservação de água, renda dos agricultores e questões de transferência de terra.

O Conselho Estatal declarou em seu relatório anual que o governo encorajaria pesquisas focadas em áreas incluindo a biotecnologia, a produção de sementes e o uso eficiente de terras agrícolas, relatou a Xinhua.

A agência disse também que o governo procuraria incentivar os bancos a aumentar o empréstimo para áreas rurais e a manter os preços das commodities agrícolas em “um nível razoável”.

A China tem combatido a persistente inflação ao consumidor, que foi em grande parte impulsionada pelos preços dos alimentos, e atingiu um pico de 6,5%em julho.

Especialistas em agricultura esperavam que o Conselho Estatal estabelecesse guias para o cultivo de sementes e para a implementação de um programa para promover a aplicação de tecnologia de modificação genética, que foi introduzida em 2008.

O governo central estima que o consumo nacional de grãos na China atingirá 572,5 milhões de toneladas em 2020. Embora a China seja em grande parte auto-suficiente em trigo, não o é em soja e milho.

Em 2010, a China voltou a importar milho do ocidente depois de anos de bloqueio ao grão estrangeiro, comprando um recorde de 1,57 milhões de toneladas, um aumento de 18 vezes em relação ao ano anterior, porque a produção doméstica não conseguiu acompanhar a demanda.

Alguns analistas afirmam que o crescimento da produção agrícola na China fica atrás do crescimento geral da economia no país.

Espera-se que o país triplique as compras de milho neste ano, e espera-se que as importações de arroz também aumentem.

Traduzido por Jéssica Lipinski

Leia o original (inglês)

Fonte: Instituto Carbono Brasil

 


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