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China começa a liberar dados sobre qualidade do ar em Pequim

Após pressão pública, autoridades ambientais da China começaram a liberar dados detalhados sobre a qualidade do ar em Pequim no sábado (21). As primeiras medições indicaram pouca concentração de partículas nocivas à saúde humana.

Steven Andrews, consultor ambiental que estuda a poluição do ar em Pequim desde 2006, disse que estava “um pouco desconfiado” dos dados. Segundo ele, os resultados do primeiro dia são baixos se comparados com dados oficiais que os Estados Unidos estão coletando há anos na China.

As medições oficiais chineses são postadas de hora em hora no site de monitoramento ambiental de Pequim.

É a primeira vez que a cidade revela publicamente dados de concentração de partículas nocivas muito pequenas (com tamanho inferior a 0,0025 milímetros), mas que penetram profundamente no pulmão. De acordo com o governo de Pequim, apenas partículas maiores eram estudadas anteriormente devido limitação de equipamento.

A divulgação acontece após clamores públicos por mais dados sobre a qualidade do ar em Pequim. A falta de informações oficiais levou alguns residentes a testar a qualidade do ar nos próprios bairros e a postar os resultados online.

Resultados
No primeiro dia de medições, o céu de Pequim estava limpo. Ventos afastaram uma névoa que já permanecia na cidade por cerca de uma semana.

A leitura da qualidade do ar ao meio dia de sábado era de 0.015 miligramas por metro cúbico, o que pode ser classificado como “bom”, de acordo com os padrões da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Já as medições realizadas pela Embaixada americana, feitas em outra região de Pequim, indicavam que a qualidade do ar era “moderada”.

Pequim interpreta a qualidade do ar com padrões menos exigentes que a Embaixada dos EUA. Assim, é comum que o governo chinês diga que o ar está “leve” e a embaixada avalie que ele está “perigoso”.

A China reportadou níveis de poluição “muito baixos” sete vezes nas primeiras 24 horas. “Em 2010 e 2011, a Embaixada dos EUA mostrou valores nesse nível ou abaixo dele apenas 18 vezes em 15 mil horas – 0,1% do tempo”, disse Andrews.

“O que tem sido muito poderoso é que as pessoas estão céticas, muito céticas na minha opinião”, sobre os dados liberados pelo governo chinês, avaliou Andrews.

Fonte: G1 Natureza

 


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