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Brasileiras mal alimentadas estão mais expostas ao HIV, diz estudo

Um estudo publicado nesta semana pela revista científica americana “PLoS Medicine” relaciona a dificuldade de acesso à boa alimentação ao menor uso de preservativos no Brasil. Os autores concluíram que a “segurança alimentar” da mulher é um fator de proteção contra a transmissão do HIV, vírus que causa a Aids.

“Segurança alimentar significa ter acesso a comida suficiente para não afetar a sua vida”, definiu Alexander Tsai, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, autor do estudo.

A pesquisa foi feita nos EUA, cruzando dados de 2006 fornecidos pelo governo brasileiro sobre acesso à alimentação e uso de preservativos.

Estudos feitos em países africanos já haviam encontrado relações semelhantes entre os dois fatores.

A relação entre a alimentação e o risco de transmissão de doenças é, de forma geral, econômica – uma pessoa com mais recursos consegue se proteger melhor. Porém, mesmo quando as condições socioeconômicas são equiparadas, a alimentação é um diferencial.

A pesquisa levanta uma série de hipóteses para explicar a relação. Por um lado, a mesma pobreza que dificulta o acesso aos alimentos pode também ser um empecilho ao uso do preservativo. Por outro, a desnutrição também poderia ser uma causa para o comportamento de risco.

Uma terceira situação destacada por Tsai é a falta de controle sobre a relação sexual. Uma mulher sem segurança alimentar pode ser dependente de um homem para conseguir comida, e por isso seria muito submissa para se preocupar com o uso do preservativo. Na mesma linha, existe ainda o risco de que ela se prostitua para comer.

Por tudo isso, a conclusão a que o autor chega é a de que “a prevenção de HIV deveria olhar para fatores mais amplos” que a questão sexual. “Intervenções visando a insegurança alimentar podem ter implicações benéficas para a prevenção de HIV em situações com recursos limitados”, afirmou o artigo.

Fonte: G1

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