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Água e vulnerabilidade costeira serão foco de novo fundo internacional com participação brasileira

Brasil, Índia, Rússia e África do Sul, em conjunto com países desenvolvidos como Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, lançaram um mecanismo de financiamento para pesquisas que promete ser livre da burocracia dos fundos tradicionais.

O Fórum de Belmont, como foi chamado o agrupamento de tais países, está convocando propostas de pesquisas sob o novo Fundo Internacional de Oportunidades, lançado durante a conferência ‘Planeta sob Pressão’.

Um dos objetivos do grupo, integrado pela brasileira FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo) e por algumas das principais agências financiadoras de projetos de pesquisa sobre mudanças climáticas no mundo, é tentar mudar os rumos da colaboração internacional em pesquisa sobre o tema por meio de chamadas conjuntas de pesquisas.

“É completamente sem precedentes que tantos países se reúnam para emitir um chamado deste tipo”, comemorou Tim Killeen, diretor assistente do Diretório para Geociências da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos, reportou o SciDev.

Ele espera que o fundo seja ágil na resposta às necessidades científicas, reunindo-se regularmente para compartilhar ideias sobre pesquisas prioritárias.

Os temas principais para a convocação, que iniciará em 15 de abril e estará disponível no site do Fórum de Belmont são segurança hídrica e vulnerabilidade costeira. Os recursos irão apenas para pesquisadores em consórcio com ao menos três outros países, reunindo cientistas da área natural e social.

“Não haverá movimentação de dinheiro de um país para o outro. Os pesquisadores que tiverem suas submissões aprovadas geralmente serão financiados com recursos dos seus próprios governos”, comentou Patrick Monfray, copresidente do Fórum de Belmont, enfatizando que o processo de revisão científica das propostas será um só.

A primeira chamada de propostas contará com recursos da ordem de €20 milhões, dos quais €2,5 milhões serão investidos pela FAPESP, sendo €1,5 milhão para projetos de pesquisa sobre segurança hídrica e €1 milhão para pesquisas sobre vulnerabilidade costeira, para financiar projetos realizados por pesquisadores do estado de São Paulo nessas áreas em parceria com cientistas de, pelos menos, outros dois países participantes do Fórum.

“Nós solicitamos que as propostas de projetos de pesquisadores de São Paulo sejam enviadas tanto por meio do formulário padrão do Fórum de Belmont como também pelo formulário de submissão de propostas da FAPESP, para que possamos fazer a autuação”, disse Patrícia Brant Monteiro, diretora da área de Ciências Biológicas e Agrárias da FAPESP.

A análise das propostas será feita em duas etapas, segundo a FAPESP. Em uma primeira fase, os pesquisadores interessados deverão enviar as pré-propostas de seus projetos, que serão avaliadas por especialistas. Se a pré-proposta for selecionada, o Fórum convidará os autores a submeter uma proposta definitiva.

Estão previstos pelo Fórum de Belmont mais três editais de pesquisa. Um deles, coordenado pela FAPESP, será sobre segurança alimentar e energética. A expectativa é lançá-lo em 2013.

Autor: Fernanda B. Müller   –   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais


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