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Agricultura brasileira cresceu com sustentabilidade, diz Kátia Abreu

A agricultura brasileira cresceu 247,13%, nos últimos 35 anos, mas preservou 73,3 milhões de hectares de mata nativa. Este foi um dos dados apresentados pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD/TO), no seminário na Universidade de Harvard (EUA), realizado nesta quinta-feira (09).  O evento faz parte do roteiro cumprido esta semana pela equipe da CNA – composta também pelo vice-presidente diretor da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Riedel – com objetivo de apresentar a agropecuária brasileira.

No seminário, Kátia Abreu deixou claro que o Brasil tem solução para garantir a demanda mundial por alimentação sem destruir o meio ambiente. “Isso acontece graças ao investimentoem tecnologia. Oresultado foi o aumento de 151% da produtividade, enquanto a área do campo ocupada por atividades rurais cresceu apenas 31%”, afirmou a presidente da CNA. “O Brasil tem uma das maiores e mais sustentáveis produções agrícolas do planeta, mas a atividade neste setor ocupa apenas 27,7% do território brasileiro, sendo que 61% estão cobertos por vegetação nativa”, completou.

Os números da produção agrícola brasileira impressionam e classificam o País como o terceiro produtor mundial de alimentos, incluindo biocombustíveis. Em 2010, o Brasil liderou o mercado de produção e exportação de açúcar, café, suco de laranja e etanol. Só os Estados Unidos importaram US$ 3,1 bilhões em produtos agrícolas brasileiros, em 2010, um aumento de 16,3% em comparação a 2009. No entanto, a senadora Kátia Abreu acredita que a expansão da produção se dá devido ao crescimento do poder aquisitivo do brasileiro. “Hoje, 70% da nossa produção é para consumo interno”, comentou.

Já a criação de gado de corte expandiu 39% nos últimos 11 anos, atingindo 11,4 milhões de toneladas no ano passado. “Ainda podemos aumentar esse número se investirmos em adubos para acelerar o tempo de crescimento do gado, que é criado em pasto livre”, disse. 

Atualmente, o agronegócio brasileiro responde por 22,4% do Produto Interno Bruto (PIB), somando US$ 467,9 bilhões para os cofres do País e responsável por 36% dos empregos.  O setor também responde por 37,9% das exportações, que rendem US$ 76,44 bilhões ao Brasil. “Esse sucesso nos permitiu superar a crise mundial que abalou os Estados Unidos e a Europa”, destacou. 

Segundo a senadora, o Brasil também expandiu os seus parceiros comerciais. “O mercado de aves, por exemplo, concentrava as vendas para a Europa e, hoje, tem a China e os países do NAFTA como grandes consumidores”, cita.  

No entanto, a presidente da CNA garante que os números podem ser ainda melhores “se houver mais investimento em pesquisa, incentivo à adoção de novas tecnologias e, especialmente, a reforma do Código Florestal Brasileiro”. A atualização do Código Florestal vai regular a atividade rural no País e oferecer garantias legais para quem investir no setor. “Os representantes dos produtores rurais, que são a maioria no Congresso e no Senado, concordaram em reduzir em 30% a área de cultivo para recuperar a mata. Somos o único país a abrir mão de desmatar para plantar”, afirmou. 

Para a senadora, o acordo torna o investimento em tecnologia ainda mais urgente. “A demanda mundial exige que o Brasil produza 2,8 bilhões de toneladas até 2050. Nós vamos chegar lá, mas temos que continuar a traçar o caminho da tecnologia”. A sugestão vai ao encontro aos projetos lançados pelo governador de Massachusetts, Deval Patrick, no início do ano, que inclui um contrato de colaboração entre a Universidade de Massachusetts Amherst  e a Emprapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

A presidente da CNA também falou sobre o Projeto Biomas, parceria entre a CNA e a Embrapa, que desenvolve técnicas para a produção rural sustentável a partir da intensificação do uso da árvore nas propriedades rurais. “Os pequenos produtores não podem investir em tecnologia e, por isso, desenvolvemos modelos de uso sustentável da área rural para que eles possam adotá-los”, descreve.

Mudança Climática – Nesta sexta-feira (10), a senadora Kátia Abreu se reúne com o professor Daniel P. Sharag, diretor do Harvard University Center for the Environment. Ele também é assessor do Presidente Barack Obama e do ex-vice-presidente Al Gore, um dos maiores especialistas do mundo em mudança climática. Na quarta-feira, a senadora conversou, em Washington, com o embaixador Mauro Vieira e diplomatas brasileiros em busca de caminhos para expandir a divulgação dos produtos do agronegócio brasileiro no exterior.

Fonte: Agora MS

 


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