O custo da energia eólica ainda é um entrave para muitos países adotarem a alternativa limpa em maior escala nas suas matrizes energéticas. Entretanto, um estudo da Bloomberg New Energy Finance (BNEF), centro de pesquisa voltado para a captação de informações estratégicas para grandes empreendedores do “mercado verde”, aponta que o custo médio dessa fonte deve cair cerca de 12% nos próximos cinco anos em todo o mundo, deixando a energia eólica mais barata do que as térmicas a gás natural, carvão e nucleares. No Brasil, assim como em alguns países espalhados pelo mundo, a competitividade da alternativa já é uma realidade, recebendo investimentos crescentes de empreendedores internacionais. O trabalho aponta que os baixos preços registrados este ano, principalmente no mercado brasileiro, não são um fenômeno localizado, mas uma tendência mundial.
Países aproveitarão menor custo da energia eólica, diz estudo
Os analistas da BNEF acreditam que o movimento é estimulado pelo aumento da competição e ao excesso de capacidade dos fabricantes, o que favorece a tendência de queda do preço. Outro fator favorável é inovação no segmento, que traz turbinas cada vez maiores e com pás mais longas, capazes de alcançar fatores de capacidade mais eficientes.
“A percepção do público sobre a energia eólica tende a ser que é uma fonte ambientalmente sustentável, mas intermitente e cara. Isso está ultrapassado nos melhores locais, onde a fonte já é competitiva com combustíveis fósseis, e se tornará realidade na maioria dos lugares em 2016”, afirma Justin Wu, analista chefe de energia eólica da BNEF.
O estudo aponta uma queda expressiva dos preços nas últimas três décadas, proporcional ao aumento da capacidade instalada e ao avanço tecnológico. Entre 1984 e 2011, a matriz eólica mundial cresceu de 300 MW para 240 mil MW. Ao mesmo tempo, o custo médio global das turbinas caiu consideravelmente com fatores de capacidade cada vez maiores, segundo a BNEF.
Fonte: UAI Meio Ambiente
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