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Desenvolvimento sustentável é desafio para Oeste do Grande Recife

Antônio Alexandre (E) e Ricardo Leitão falaram dos planos para a região (Foto: Kath Coutinho / G1)
Antônio Alexandre (E) e Ricardo Leitão falaram dos planos para a região (Foto: Kath Coutinho / G1)

Preservar o meio ambiente e se desenvolver é o desafio do Oeste da Região Metropolitana do Recife (RMR). O estudo “Oeste Metropolitano: realidades e desafios para o desenvolvimento regional sustentável”, lançado nesta terça-feira (22) pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), analisa e reflete sobre essa região da RMR, caracterizada, principalmente, por áreas de preservação ambiental, cultura de cana-de-açúcar e baixa densidade populacional.

O estudo, o primeiro consolidado sobre o Oeste Metropolitano, busca revelar essa parte da RMR que por vezes é esquecida e apresenta indíces de desenvolvimento e qualidade de vida menores, segundo dados do Censo de 2000. O município de Araçoiaba, por exemplo, apresenta Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,623, enquanto a capital tem 0,797. “O Norte e o Sul da Região Metropolitana não têm muito mais para onde crescer. O Oeste vai ser pressionado, por isso é preciso conhecer e se debruçar sobre esse espaço, fazer o planejamento estratégico agora”, afirma Antônio Alexandre, diretor-presidente do Condepe/Fidem.

O Oeste Metropolitano é formado pelos munícipios de Abreu e Lima, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Moreno, Araçoiaba, Jaboatão, Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Paulista, Igarassu, Paudalho e parte do Recife. Apesar de fazer parte da Mata Norte, Paudalho foi incluído por ter características semelhantes às das outras cidades e por integrar o fornecimento de água da RMR. “O quanto antes pensarmos no futuro, melhor”, afirma Ruskin Freitas, diretor de Estudos Regionais do Condepe/Fidem.

As áreas de mananciais, que ocupam 48,6% da região, são alvo prioritário de preservação. “Essa é uma região muito sensível e vulnerável no sentido ambiental. A maioria das reservas de água da Região Metropolitana ficam no Oeste”, explica Alexandre, lembrando que é preciso pensar em um desenvolvimento sustentável.

“Preservar as matas ciliares é também uma preocupação nossa. Estamos ali nas margens do Capibaribe, mas já estudamos a implantação de um parque, uma área de proteção ambiental que vai servir também como lazer para a população”, conta Ricardo Leitão, secretário extraordinário da Copa – um dos principais investimentos relativos ao Mundial de Futebol é a Cidade da Copa, que fica em São Lourenço da Mata.

Conter o crescimento desordenado é outro dos desafios da região, por isso é necessário rever os planos diretores das cidades. “A parte de infraestrutura é muito carente nessa região. Além disso, os planos diretores não estão condizendo com a realidade atual”, justifica Freitas.

Uma das preocupações é o Arco Metropolitano, uma via expressa ainda em construção, que irá do polo de desenvolvimento localizado no Cabo e em Ipojuca, no sul da RMR, passa pelo Oeste e segue até o Norte, em Itamaracá. “Não podemos deixar acontecer o que vimos com a BR-101, que era uma via expressa. É preciso rever os planos diretores e evitar a ocupação urbana na beira das estradas”, explica Freitas, acrescentando que o desenho da via deve também se preocupar com as áreas de preservação da região.

“Como essa é uma região de baixa densidade populacional, ainda é possível evitar um crescimento urbano desordenado. Dá tempo de organizar, rever os planos diretores das cidades e pensar a longo prazo a região”, acredita Ruskin Freitas.

Fonte: G1


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